quinta-feira, abril 08, 2010

TRISTEZA...FRENTE AS TRAGÉDIAS NO RIO...

Ola Amigos é com tristeza que venho falar sobre o resultado das graves chuvas que ocorrem em nosso estado já vitimando mais de 140 vidas...

Na região onde moro (costa verde – RJ) ... também se encontra em estado calamitoso, sabemos bem as dificuldades que os cariocas e niteroienses estão passando nesse momento.... aqui esta ocorrendo desabamentos similares ao do inicio do ano... com rochas caindo na pista, famílias desabrigadas, e mortes... porém a mídia estranhamente não informa tais acontecimentos...
Simplesmente o que é dito que os morros não são lugares para habitações, concordo... porém tal situação só se criou e se agravou devido a falta de responsabilidade dos governos em suas mais diversas esferas... como a própria mídia amostra existem documentos e laudos de especialista sobre pontos de risco... a mais de 10 anos... e o que foi feito para resolver e melhora a vida dessa população... praticamente NADA....!!!!

Difícil é ter sua rua Alagada na Lagoa, jardim botânico e seu carro boiando.... pior é ter a vida de entes indo embora em desabamentos...

E essa população... vai embora das encostas... e ai vão para onde....Srs. Governantes....?

Em seguida segue o relato do senhor Nilton Soares Presidente da SINDSERJ e morador de Niterói....Área mais atingida pelas chuvas e com maior numero de vitimas em nosso estado...

“moro em Niterói, sou carioca e a tragédia das chuvas continuam. Hoje estive na faculdade que leciono em São Gonçalo e uma chuva de cinco minutos me fez levar quase três horas para chegar em Niterói, logo depois de chegar no Fonseca onde moro vejo na televisão as casas que desabaram pouco antes de chegar. No Fonseca desde terça-feira não cessam os desabamentos, São Francisco está isolada porque o túnel está fechado, no centro de Niterói ocorreram desabamentos no morro do Estado, colega de meu filho, que estuda em São Francisco, faleceu com toda a família no desabamento da Grota, perto de São Francisco.

A Alameda na terça-feira parecia um rio caudaloso, onde nem ônibus se atreviam a passar. Na quarta-feira o morro que fica na Rua João Brasil, que diviso do apartamento em que moro parte, dele desabou deixando a mostra a rocha.

Vejo na TV somente as imagens sem nenhuma crítica questionando o estado de coisas que vivemos, ao contrário ouço nas rádios dizendo que morro não é lugar para se viver, como se estes moradores tivessem outra opção e como o morro fosse o pior lugar do mundo, porque não vivem no asfalto.

Temos que ao menos nos mobilizar questionando o modelo de governo que temos, onde os moradores dos morros são abandonados e só viram personagens nas tragédias de ocupações de bandidos e polícias e agora os desabamentos. Qual a política urbana que estes governo defenderam, a Lagoa sobe um metro mas não tem desabamentos nos morros ao lado dos condomínios onde prefeituras e estado fizeram cinturões de concretos para impedir quaisquer desabamento de rochas e tudo milimetricamente controlado e os morros e baixada onde vivem os trabalhadores assalariados tem que enfrentar a todo o momento a morte na sua porta e dentro de suas casas, por doenças, bandidos fardados ou não e outras tragédias como essa que vivemos.

Penso que nós, que estudamos a sociedade, temos o dever de nos mobilizarmos também contra este estado de coisas que impera permanentemente. Construirmos um movimento de solidariedade com as vítimas, mas também um movimento político e crítico que discuta as causas desta tragédia, convidando todos os partidos e movimentos sociais.

Estou de luto por colegas que perderam casas e outros amigos de meus amigos que faleceram em Niterói perto de minha casa.

Nilton Soares de Souza – Presidente do Sindicato dos Sociólogos do RJ”

... fica aqui minhas orações para que tudo se resolva o mais rápido possível, para todos nós, filhos dessa terra....

Att...

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