segunda-feira, julho 26, 2010

A DESIGUALDADE CONTINUA A CRESCER...! E A MÍDIA CONTINUA CALADA...! VERGONHA...!

“Para variar” as condições de vida desiguais no Brasil corroem quase 1/5 do padrão de desenvolvimento do país, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo PNUD. O estudo traz o cálculo do IDH-D (Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade) que “penaliza” as diferenças de rendimentos, de escolaridade e de saúde. O IDH brasileiro cai 19% quando, em vez de levar em conta as médias nacionais como ocorre geralmente, considera essas disparidades. Ajustado de acordo com o mesmo método, o índice da América do sul central e do Caribe tem queda semelhante (-19,1).

A desigualdade de renda é a que mais pesa sobre o IDH brasileiro ajustado (queda de 22,3%), seguido de educação (-19,8%) e saúde (-12,5%). No restante da America do sul a tendência é a mesma, mas com intensidade menor (queda de 18,8% na dimensão renda, 16,6% em educação e 12% em saúde).

Esses dados demonstram que as disparidades, além de serem um problema por si mesmas, têm efeitos graves no padrão de vida das pessoas. Aqui assim como me nos nossos vizinhos, o problema adquire contornos mais dramáticos por ter sobrevivido a uma série de políticas públicas ao longo das últimas décadas — desde as de perfil mais intervencionista, como nos anos 50, até as reformas de mercado nos anos 80 e 90. “A desigualdade de rendimentos, educação, saúde e outros indicadores persiste de uma geração à outra, e se apresenta num contexto de baixa mobilidade socioeconômica”, afirma o relatório.

E mais especificamente no Brasil, essa mobilidade socioeconômica se intensifica em algumas regiões como o nordeste e centro do Brasil, devido aos feudos predominantes de algumas famílias, principalmente a realidade da péssima distribuição de terra.

Isso se deve, em parte, ao fato de que “a desigualdade produz desigualdade”. Há fatores que emperram as políticas públicas destinadas a deter o fosso social, como “a baixa qualidade da representação política, a debilidade das instituições, o acesso desigual à influência sobre a elaboração e a aplicação das políticas específicas e as falhas institucionais que resultam em corrupção e captura do Estado”. Esses problemas “contribuem para que a dinâmica política reforce, em vez de evitar, a reprodução da desigualdade”.

O relatório defende, porém, que é possível, sim, “romper o círculo vicioso”. Para isso, são necessárias políticas que mirem a própria desigualdade. No prefácio, por exemplo, o diretor do PNUD para a América do sul central e o Caribe, Heraldo Muñoz, afirma que o combate à pobreza deve permanecer como estratégia central dos programas sociais, mas que “é preciso ir além: a desigualdade por si mesma é um obstáculo para o avanço no desenvolvimento humano, e sua redução deve incorporar-se explicitamente na agenda pública”.

O relatório propõe políticas públicas que tenham alcance (que cheguem às pessoas que precisam), amplitude (que contemplem o conjunto de fatores que perpetuam o problema) e apropriação (as pessoas devem sentir-se e ser agentes de seu próprio desenvolvimento). E ai mora o “pulo do gato”, pois o cidadão consciente e com apoio das instituições corretas da um alicerce para sua manutenção em sociedade e não somente um membro que necessita do estado.

“Ensinando a pescar e não dando o peixe”

As intervenções públicas, sustenta o documento, devem fundamentar-se “numa clara definição das coalizões políticas que as tornem viáveis”, devem fazer uma análise detalhada das restrições que enfrentarão (limitação de recursos, por exemplo) e devem reforçar a cidadania, adotar regras de transparência e prestação de contas.


# Partes desse post foram trabalhados com base em matérias e relatórios do site do programa das nações unidas no Brasil.


Comente, Opine...

Sua Opinião é importante...

Att...

Carlos Sarmento..!

terça-feira, julho 20, 2010

LATINO É A MÃE... EU SOU BRASILEIRO..!


Toda semana é a mesma coisa, toda semana é a mesma palavra...POVO LATINO... a Tal definição infame, ou como muitos dizem POVO LATINO AMERICANO...

CHEGA...

Isso não existe...

A tal idéia besta de povo latino foi desenvolvida pelos estadunidenses (como sempre), pois a definição míope e tola deles, aonde todos abaixo da linha do estado do Texas (do México até a patagônia)... “são a mesma coisa”...NÃO , NÃO e NÃO..!

Só para termos uma idéia essa definição é utilizada lá nas terras do tio Sam para definir um catastrófico e imbecil senso Sócio – Racial,

Não é de se admirar, tal conceito vindo dos estadunidenses, já que eles acham, que a capital do Brasil é Buenos Aires, ou que nós falamos espanhol...

Essa imbecil definição de Povo Latino, é apagar a cultura e individualidade histórica, de cada nação, de cada república e de cada gota de sangue caída ao chão de cada cidadão, de cada pais...é misturar culturas, etnias, línguas, dialetos, geografia..etc,etc,etc...

TEMOS SIM ALGO EM COMUM, DO MÉXICO A PATAGONIA...

QUE SÃO SECULOS DE EXPLORAÇÃO...

EUROPÉIA, E ESTADUNIDENSE (Mais uma vez...!),

MESMO ASSIM ISSO NÃO É BASE PARA DEFINIÇÃO ALGUMA, MUITO MENOS (DES)CLASSIFICAR TODOS COMO UM SÓ...

SOMOS DISTINTOS...

Cada, um com seu cada um ... Argentino, é Argentino, Peruano é Peruano, Brasileiro é Brasileiro, Chileno é Chileno, e ponto Final..!

Sim os latinos existiram, mas eram povo de origem indo-européia que habitou sobretudo a zona centro-meridional da península Itálica. Faziam parte do grupo dos italiotas, juntamente com os úmbrios, saginos e volscos. Oriundos da Europa Central

Ou seja, não existe NADA, a ver com a gente, com nossa realidade

Quando nos chamam de Latino, estão nos desqualificando, nos desmoralizando, como brasileiros, como cidadãos...

CHEGA, NÃO ACEITE ESSA DEFINIÇÃO, QUANDO A OUVILA CRITIQUE...

E DIGA... NÃO EU NÃO SOU LATINO... SOU É BRASILEIRO..!

Comente de sua opinião

Att...!

Carlos Sarmento..!

sexta-feira, julho 16, 2010

COMUNIDADE SURDA...PARTE III...!

Nessa 3º e ultima parte, sobre um pouco da realidade dos cidadãos surdo falaremos, sobre o que é “comunidade surda”, e algumas de sua principais características...




COMUNIDADE SURDA

Existem diversas comunidade surdas empalhadas pelo pais, e essas comunidades criam processos de afinidade devido a características particulares de cada um como: Cultura, hábitos alimentares, vestuário, religião, situação sócio econômica, etc.

E por essas comunidades serem tão diversificadas, existe em seu meio um número maior de surdos oralizados e de ouvintes, diferente do que vemos no povo surdo, onde as atividades, estão diretamente ligados,a habilidade e utilização da linguagem Brasileira de Sinais.



[...] uma cultura é um conjunto de comportamentos apreendidos de um grupo de pessoas que possuem sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradições; uma comunidade é um sistema social geral, no qual um grupo de pessoas vivem juntas, compartilham metas comuns e partilham certas responsabilidades umas com as outras.

Padden e Humphires (2000, p. n5)

Então podemos descrever que a comunidade surda de fato não é só de sujeitos surdos, há também sujeitos ouvintes membros de família, intérpretes, professores, amigos etc.

Que participam em compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização, principalmente nas igrejas, escolas, trabalho, etc.

A diferença básica entre as outras comunidades e as comunidade surdas, que tanto os ouvintes como os surdos como os ouvintes, devem buscar uma interação, aprendendo características próprias de cada cultura, que se aglutinam e se tornam de certa forma cultura única dentro de uma comunidade. Por isso algumas “regras” devem ser respeitadas por aqueles que participam de tais comunidades.

Como:

• Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, e podem fazer muitos sons com a garganta, ao rir, e mesmo ao gestualizar. Além disso, sua comunicação envolve todo o seu espaço, através da expressão facial-corporal, ou seja o uso da face, mãos, e braços, visto que, a forma de expressão visual-espacial é sobretudo importante em sua língua natural.

• Falar de maneira clara, pronunciando bem as palavras, sem exageros, usando a velocidade normal, a não ser que ela peça para falar mais devagar.

• Usar um tom normal de voz, a não ser que peçam para falar mais alto. Gritar nunca adianta.

• Falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela.

• Fazer com que a boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

• Quando falar com uma pessoa surda, tentar ficar num lugar iluminado. Evitar ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta a visão do rosto.

• Se souber alguma língua de sinais, tentar usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, as tentativas são apreciadas e estimuladas.

• Ser expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz, que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos ou sinais e o movimento do corpo são excelentes indicações do que se quer dizer.

• A conversar, manter sempre contato visual, se desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

• Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se houver dificuldade em compreender o que ela diz, pedir para que repita. Geralmente, os surdos não se incomodam de repetir quantas vezes for preciso para que sejam entendidas.

• Se for necessário, comunicar-se através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.

• Quando o surdo estiver acompanhado de um intérprete, dirigir-se a ele, não ao intérprete.

• Alguns preferem a comunicação escrita, alguns usam linguagem em código e outros preferem códigos próprios. Estes métodos podem ser lentos, requerem paciência e concentração”

Indiferente de qual for a comunidade o fundamental é o processo de interação e a busca pelo entendimento, entre seus membros.

Mais do que nunca notamos um distanciamento das esferas do governo, quando se refere a educação, quando se fala em educação inclusiva... é pior ainda, por isso devemos desenvolver e explorar toda e quaquer possibilidade de difusão cultural, artistica, educacional, indiferente de sua serne...
pois somente e tão somente unidos poderemos superar o descaso governamental...

Att...
Carlos Sarmento...!

terça-feira, julho 13, 2010

CULTURA SURDA..! PARTE II..!

Com intuito da difusão da cultura das comunidades surdas, segue a 2٥ parte que trata, justamente sobre o processo cultural das comunidades surads do Brasil...


CULTURA SURDA

Ha linguagen de sinais no Brasil conhecida com LIBRAS, ou em Portugal, conhecida como LGP, é um dos principais mecanismo de difusão e afirmação da cultura surda

E aqueles interpretes que interpretam essa linguagem e a difundem interligando o “meio” oralizado e ouvinte, são chamados de Intérpretes de LIBRAS.

No Brasil, existem pelo menos duas situações em que a lei confere ao surdo o direito a intérprete de LIBRAS:

• nos depoimentos e julgamentos de surdos (área penal);

• e no processo de inclusão de educando os surdos nas classes de ensino regular (área educacional).

Hoje o processo educacional busca intencificar um sistema bilingue-bicultural no sentido de que convive diariamente com duas línguas e culturas: sua língua materna de sinais(cultura surda) e língua oral( cultura ouvinte), ou de LIBRAS

O processo de difusão da cultura surda através da difusão se utilizando de LIBRAS, como língua “materna”, serve como viés de aproximação social, cognitivo e até emociona, podendo ser um caminho para que posterior de aprenda o português “escrito”.

Além do que a aprendizagem de LIBRAS, facilita em muito um processo de introdução e evolução da cultura surda na sociedade, caracterizando e criando sua identidade cultural própria, tanto no que se refere ao indivíduo, como em um grupo de pessoas.

A língua de Sinais, serve também como mecanismo de transmição de contos, historias, poesias, peças teatrais, piadas, entre outros.


Deste modo, a literatura de sinais é (num certo sentido) uma tradição “oral” e apenas pode ser registrada em filmes ou vídeos ou ser “traduzida” para a escrita.

Hoje a mais importante para a difusão da cultura surda, são as escolas capacitadas para esse aprendizado e as associações e clubes de surdos.

Além de centros religiosos, indiferente da religião. Preparados e pré dispostos a difusão cultural e difusão cultural surda.

Existe um processo de destaque, principalmente na Europa e EUA, voltado para o processo da difusão cultural surda, no meio esportivo, com realização de eventos, não somente para surdos, mas também para ouvintes, mas com mecanismos próprios, nas atividade esportiva, como por exemplo a troca do apito do juiz, por algum tipo de sinal luminoso, ou gestual.

Noventa por cento das pessoas surdas nascem em famílias ouvintes e noventa por cento dos casais surdos têm filhos ouvintes. Isto faz realçar o papel vital desempenhado pelas escolas para crianças surdas na transmissão da língua e da cultura dos surdos e a razão pela qual o encerramento das Instituições especializadas causa tanta preocupação à comunidade surda.

[...] As identidades surdas são construídas dentro das representações possíveis da cultura surda, elas moldam-se de acordo com maior ou menor receptividade cultural assumida pelo sujeito. E dentro dessa receptividade cultural, também surge aquela luta política ou consciência opsiocional pela qual o individuo representa a si mesmo, se defende da homogeneização, dos aspectos que o tornam corpo menos habitável, da sensação de invalidez, de inclusão entre os deficientes, de menos valia social.

(PERLIN, 2004, p. 77-78)


A FITA AZUL

A utilização da fita azul torno-se parte do cotidiano da cultura surda desde 1999 ano esse que foi realizado Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos em Brisbane Austrália . Durante o evento foi feita a sensibilização da luta dos Surdos e suas famílias ouvintes, através dos tempos.

A cor azul foi escolhida para representar "O Orgulho Surdo", para homenagear todos os que morreram depois de serem classificados como "surdo" durante o reinado da Alemanha nazista.

A cor azul e suas fitas, tornou-se uma marca representante culturalmente pois representa um motivo: ela engloba uma história, uma cultura, uma língua, um povo. Se torna um marco sobre a opreção e mortes de pessoas surdas ao longo da história humana Ao recordarmos a opressão dos Surdos no passado e hoje,facilita o entendimento de que a pessoa surda pode fazer qualquer coisa, em qualquer circunstância. Menos ouvir.

Aqueles que usam a fita azul têm orgulho em mostrar um pouco de sua própria cultura: Surdez não é uma deficiência, mas uma cultura.

Na 3º e ultima parte falaremos sobre as Comunidades Surdas...
Att...
Carlos Sarmento..!

sábado, julho 10, 2010

O BENEFÍCIO E O LUCRO DO HOMEM, EM NOME DE DEUS...!

Sei que muitas das religiões, ou seitas religiosas, existentes em nosso pais, tem como doutrina a expansão do “amor e paz divino”(tomara que sim...!), porém a cada dia que passa notamos o crescimento e surgimento de novas igrejas, doutrinas, congregação, ou seja lá o nome que der, com o único intuito, da propagação, não do poder divino, mas do bem próprio e não benefício do “irmão”...

Pois bem vamos aos fatos...

com menos de 450 reais, é possível “abrir”, uma igreja, ou um de seus similares...


E é justamente ai que se fixa o pulo do gato... com o CNPJ da igreja em mão, o pastor e a igreja se tronam ISENTOS, do pagamento de IR, IPTU, IOF, IPVA, e todos os outros impostos...


Haja fé, assim até eu viro pastor, ALELUIA...!

Detalhe, para se abrir os tais centros religiosos não é necessário uma descrição de suas doutrinas, ou base teológica para a mesma...ou seja vai lá abre quem quer...a festa do bumba meu boi... sem a benção de cristo...

Outro dia pensei, porque será que um vizinho meu abriu uma igreja em seu terreno...? lá agora ta uma bagunça só, um entra e sai de gente...JA DESCOBRI...!

É porque a constituição, mais especificamente o artigo 150... deixa livre os templos de pagamento sobre tais patrimônios, e é o próprio representante da igreja... que determina o que é e o que não é da igreja...

VIU JÁ TA EXPLICADO...

Além do que os sacerdotes dessas igrejas, adquirem poderes... não os poderes divinos, mas sim carnais, pois os mesmos não são obrigados ao serviço militar e ainda tem direito a cela especial... afinal, DEUS vai na cela especial, será que ele não vai na cela comum...?

Segundo a fé sim, segundo os benefícios proposto pelo HOMEM, não...!

Por isso se você esta pensando em seguir alguma igreja... pesquise um pouquinho antes... veja se ela já esta a um bom tempo no mercado... e se ela começar a dizer que é para você doar todo dinheiro que tens... em nome, saia correndo... como o capiroto corre da cruz... busque uma igreja que respeite o principio que é respeita a todos como a si mesmo... pois existem boas igrejas, mesmo sendo raro achar uma...

Bem perdi um maior tempo da minha vida estudando e me formando, pensando que um dia poderia ter um mínimo de conforto e benefícios...sem necessidade...


Poderia ter aberto a minha “filial do céu”, e já estaria com meio caminho andado, para o paraíso, não o paraíso de DEUS mas o paraíso dos homens...


Bem acho que ainda da tempo... então Tchau... vou correndo abrir a minha ainda hoje...


Abra a sua Também...!


Att...

Carlos Sarmento..!

quarta-feira, julho 07, 2010

POVO SURDO - PARTE I

Recentemente desenvolvi um trabalho.. que foi entregue no curso de Linguagem Brasileira de Sinais, ou simplesmente LIBRAS... o tema do trabalho foi ... "Povo Surdo / Cultura Surda / Comunidade surda ", e basicamente vi a falta de materiais com embasamento, minimamente significativos, para se fazer um trabalho desses... por isso resumi e dividi em 3 partes esse meu trabalho, com intuito de divulgar a realidade das pessoas surdas de nossa nação... 


(...)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma estimativa que 10% da população humana, tem algum tipo de deficiência. Os portadores de deficiência auditiva ficariam com 1,5% desse total.

Hoje a media mundial sobre a população surda é estimada na faixa de 15 milhões de pessoas, com suas características individuais, cultura, e significados próprios.

No Brasil a média é de 5 milhões 750 mil casos de pessoas surdas, conforme foi e enfatizado pelo senso demográfico do ano 2000.

E o principal mecanismo de comunicação dessas pessoas é a língua brasileira de sinais, ou simplesmente libras.

POVO SURDO

O povo surdo se caracteriza como a criação natural de grupos de pessoas surdas, que tem como principais características, a busca de uma identidade própria,e não ouvinte, desenvolvendo atividade do cotidiano, como eventos , passeios, etc.

Mas que tem como principal difusão a integração de seus membros, com intuito de uma comunicação mais direta com outro surdo, difundindo assim a afirmação de seus valores

Afastando assim um processo de inibição que muitos surdos sentem, devido a dificuldade em encontrar outras pessoas que dominem a linguagem de sinais, e como a grande maioria das pessoas que dominam a linguagem de sinais são surdas, esse processo de difusão do povo surdo, se da na sua grande minoria, somente por não ouvintes.

É valido ressaltar que o povo surdo e os encontros do povo surdo, a linguagem de sinais ou LIBRAS, é a forma de comunicação única e exclusiva para esses “eventos”, rechaçando assim, a presença de pessoas que não dominam a linguagem de sinais.

Pois os diálogos são desenvolvidos de forma rápida e um leigo não teria a mínima capacidade de acompanhar uma conversa entre surdos em meio a um evento do povo surdo. Diferente do que ocorre nas comunidade de surdas, onde alem da presença do surdo também habitam aquele meio os ouvintes.

(...)
Amanha vem o post da segunda parte sobre a Cultura Surda...

Comente...
Att...
Carlos Sarmento...

segunda-feira, julho 05, 2010

A CULTURA DO NARCISISMO NORTE AMERICANO...

Essa é para quem pensa que os EUA e mil maravilhas...

A seguir tem trechos da matéria intitulada Esperança em declínio escrita por Silviano Santiago para jornal Estado de São Paulo... (quem diria...?!)

Matéria essa baseada na idéia estadunidense sobre a individualismo humano e o narcisismo ... tema e base do Livro de A Cultura do Narcisismo - A Vida Americana Numa Era de Esperanças em Declínio (1979), do sociólogo Christopher Lasch...

Enfim vamos a matéria...

(...)

SILVIANO SANTIAGO - O Estado de S.Paulo


Acesse o Google. No retângulo designado à pesquisa, insira o nome de político com importância no cenário nacional. Acompanhe-o da palavra narcisismo. A tela será tomada por uma enxurrada de citações. Não há jornal, site, ou blog que não lhe forneça rico material. Em seguida, insira o nome de figura notória das artes e dos esportes. Não será diferente o resultado. Na sociedade midiática e informatizada, o narcisismo ata o político à pessoa notória e, ao definir a ele e a ela de celebridade, os individualiza.


Vulgarizado o termo, pergunta-se quando, como e por que ele ganhou o contexto sociopolítico e econômico. Há 31 anos, o sociólogo Christopher Lasch (1932-1994) tomava o termo de empréstimo à teoria de Sigmund Freud sobre o "narcisismo secundário". Segundo ele, o nó górdio da sociologia estava na nova onda de individualismo. Numa década de esperanças em declínio, o sujeito recalca a autoestima baixa e a raiva, para impor como moeda corrente a imagem grandiosa de si mesmo. Ao usar o outro como objeto de autogratificação, o narcisista está, na verdade, a reivindicar a aprovação e o amor da sociedade.


Christopher Lasch intitulou seu estudo de A Cultura do Narcisismo - A Vida Americana Numa Era de Esperanças em Declínio (1979). No Brasil, o best-seller foi publicado em 1983 pela Editora Imago. A edição tornou-se raridade e os sebos a oferecem por R$ 250.


Com a metralhadora giratória freudiana, na qual sobressai algum chumbo grosso marxista, o sociólogo varre a cena americana, recém-liberada dos horrores da Guerra do Vietnã, ainda às voltas com a renúncia do presidente Nixon e a enfrentar a escassez de petróleo em casa e as violentas represálias aos seus diplomatas no mundo muçulmano. Recessão e inflação batem à porta e reacendem o narcisismo dos líderes. Relembra a fala farsesca do presidente Kennedy diante de Kruchev em Viena (anos 1960) e as trapaças retóricas do presidente Nixon frente a uma nação que lhe era invisível (anos 1970). Dos líderes, o narcisismo se transfere para os cidadãos, só dispostos a agir em público quando a autoridade política os desaponta.


Lasch critica as forças do Partido Republicano. Ao se retirar o esporte das quadras estudantis e anular a torcida de parentes e vizinhos, o jovem desportista vira figura midiática solitária, valorizado na publicidade das commodities. Também critica os democratas. Sob o paternalismo do Estado, acolhem o pluralismo racial e cultural. Encaminhar o jovem na vida deixa de ser atributo da família. Transforma-se em prerrogativa das agências de controle social. Os laços familiares cedem o lugar ao bem-intencionado e funesto assistente social, e as escolas públicas entregam profissionais iletrados à sociedade. O racismo de jure do sul se casa com o racismo de facto do norte. Encarar a atualidade implica também analisar o modo como estão envelhecendo mal os líderes estudantis do câmpus de Berkeley e de outras universidades.


O terrível diagnóstico de Lasch é ratificado no discurso sobre o mal-estar dos cidadãos americanos (malaise speech), proferido pelo presidente Jimmy Carter em 1979. Diante da nação, Carter verbaliza a ansiedade geral através de mil e uma falas de populares, que cita. O presidente as sintetiza: "Numa nação que tinha orgulho do trabalho braçal, dos laços familiares fortes, das comunidades fraternas e da fé em Deus, muitíssimos de nós tendem hoje a venerar a autocomplacência e o consumo."


Importante na elaboração do conceito de narcisismo é o modo como Lasch o desentranha da derrocada do individualismo empresarial, desde sempre abonado pelo mito do sonho americano. Para desenhar o declínio da força do indivíduo, até então canalizada para o negócio e o enriquecimento rápido, o sociólogo invoca o ideólogo da mobilidade das classes baixas, Horatio Alger (1832-1899). Foi ele o popular romancista das centenas de histórias de pobres que se tornam ricos (ragged to riches stories). Na falência do espírito Horatio Alger, Narciso abria a válvula de escape.


O anônimo indivíduo de sucesso se deixa fascinar pela fama. Diz Lasch: "São tipos em extinção o megaempresário que vive na obscuridade pessoal e o capitão da indústria que nos bastidores controla o destino de nações." Entre os mortais, evita-se a competição, perde-se a credulidade, são desqualificadas as relações pessoais, tornando-as transitórias. "Straights by day, swingers by night" (caretas de dia, descolados à noite) em As Contradições Culturais do Capitalismo (1976), o sociólogo Daniel Bell, teórico da sociedade pós-industrial, prenunciara as análises de Lasch.


(...)


"Rápidas e sucessivas mudanças sociais por um longo período de tempo", Lasch observa conservadoramente, "criaram nos Estados Unidos da América o desemprego, desvalorizaram a sabedoria dos mais velhos e desrespeitavam todas as formas de autoridade, incluindo a autoridade da experiência."

...

Enfim viva a todas as nações e suas individualidades... mas aqui entre nós prefiro viver e morar aqui no Brasil do que nos EUA...

Viva os EUA viva sua estupidez capitalista...

Att...

Carlos Sarmento...