segunda-feira, maio 23, 2011

ESTEREÓTIPOS E A VIOLÊNCIA ... !


Em tempos de expulsão de famílias em prol de uma copa / Olimpíada safada e excludente, o ser mais importante desse meandro fica meio abandonado ... o tal do torcedor.


OS ESTEREÓTIPOS E A VIOLÊNCIA
Por Carlos Sarmento ...
Em uma sociedade que agrega padrões e estereótipos padronizados pela mídia e absorve tais fundamentos como pertencente a sua cultura ( mesmos que não seja parte integrante da mesma). O esporte / futebol se for bem desenvolvido leva a quebrar de uma série de paradigmas, sendo essa costura feita pelo acréscimo de valores que pode culminar em mudança de padrões (altura, peso, sexo, deficiência, etc) demonstrado pela pratica esportiva que agrega todos os tipos de perfis e estrutura corporal e social . Pois o ato de jogar um “bom” futebol, profissional ou amador não está sobre a responsabilidade da beleza ou da concentração de renda, mas sim sobre o que possa ser demonstrado “dentro das quatro linhas”.

Voltando ao cerne, que busca de forma teórica como o esporte cria uma perspectiva de agregar aspectos culturais na sociedade e conseqüentemente se reflete nas torcidas organizadas.

Demonstrando os benefícios que o esporte pode trazer não somente no que diz respeito ao bem estar corporal, mas também no desenvolvimento cognitivo. Com um processo de aprendizado não-intencional, tão descrita por Líbano, e que por justamente por não ser um conhecimento forçado, pode caracterizar. Como um facilitador do desenvolvimento humano, social e cultural.

A educação não-intecional refere-se ás influencias do contexto social e do meio ambiente sobre os indivíduos. Tais influências, também denominadas educação informal, correspondem a processos de aquisição de conhecimentos, experiências, idéias, valores, práticas, que não estão ligados especificamente a uma instituição e nem são intencionais e conscientes”.
São situações e experiências, por assim dizer, casuais, espontâneas, não organizadas, embora influam na formação humana. (José Carlos Libaneo).

Quando se pesquisa um agrupamento social, indiferente de qual for sua origem vemos indivíduo que se reconhecem nesses meios da sociedade e também são reconhecido por ela e ai fica o questionamento:

Nas torcidas Organizadas de futebol é diferente? A resposta é não, e o provarei.

A realidade da violência existente e é tão repetitivo na mídia e no nosso cotidiano que intrinsecamente leva a crer na violência desses grupos, saindo dos tais parâmetros de interação social de nossa sociedade.

A questão da violência não esta inserida nas torcidas organizadas, as torcidas organizadas é que estão inseridas na sociedade que é violenta. Por isso a violência não pode ser parâmetro para definição para identidade social de jovens inseridos nesses grupos organizados.

E como tais grupos socioculturais, advêm inicialmente das classes mais pobres de nossa sociedade, fica mais fácil rotulá-los e definimos como um grande mal para sociedade, assim como fora feito em outras épocas com os boêmios sambista e as rodas de capoeira aqui no Brasil ou os jazzistas estadunidenses.

O ato de um cotidiano mais violento, infelizmente é mais corriqueiro na vida de um jovem pobre, que compõe a grande maioria dos integrantes desses grupos, logo como demonstra Murad, as Torcidas Organizadas são a “ponta do Iceberg” no que se refere a violência social e não a sua cerne.

As relações entre violência e futebol, partindo do princípio de que esse esporte não é violento em si, ao contrário daquilo que muitas vezes transparece no imaginário popular e na espetacularização da mídia. Tal espetacularização não é privativa de um contexto particular, mas um fenômeno geral da vida contemporânea, quase referencial(...) é fundamental, portanto, cruzar e checar dados e informações vindos da mídia, e não tomá-los diretamente, em estado bruto (...) Contrariamente aquilo que é divulgado nos meios de comunicação e constadas representações coletivas, a imensa maioria das torcidas é constituída por um público pacífico ( ... ) cujo universo o problema da violência é mais evidente, são parcelas muito pequenas no conjunto de milhões e milhões de fãs ( Maurício Murad )

Mas tal realidade vai muito além da nossa atual situação, e advêm sim desde o inicio do século passado, especialmente quando se define as estruturas histórica das torcidas organizadas, e a cada dia que passa somos mais deixados de lado, por outro lado a mãe FIFA e COI mama nas tetas do CBF e do COB.

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Att...

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