sexta-feira, julho 16, 2010

COMUNIDADE SURDA...PARTE III...!

Nessa 3º e ultima parte, sobre um pouco da realidade dos cidadãos surdo falaremos, sobre o que é “comunidade surda”, e algumas de sua principais características...




COMUNIDADE SURDA

Existem diversas comunidade surdas empalhadas pelo pais, e essas comunidades criam processos de afinidade devido a características particulares de cada um como: Cultura, hábitos alimentares, vestuário, religião, situação sócio econômica, etc.

E por essas comunidades serem tão diversificadas, existe em seu meio um número maior de surdos oralizados e de ouvintes, diferente do que vemos no povo surdo, onde as atividades, estão diretamente ligados,a habilidade e utilização da linguagem Brasileira de Sinais.



[...] uma cultura é um conjunto de comportamentos apreendidos de um grupo de pessoas que possuem sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradições; uma comunidade é um sistema social geral, no qual um grupo de pessoas vivem juntas, compartilham metas comuns e partilham certas responsabilidades umas com as outras.

Padden e Humphires (2000, p. n5)

Então podemos descrever que a comunidade surda de fato não é só de sujeitos surdos, há também sujeitos ouvintes membros de família, intérpretes, professores, amigos etc.

Que participam em compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização, principalmente nas igrejas, escolas, trabalho, etc.

A diferença básica entre as outras comunidades e as comunidade surdas, que tanto os ouvintes como os surdos como os ouvintes, devem buscar uma interação, aprendendo características próprias de cada cultura, que se aglutinam e se tornam de certa forma cultura única dentro de uma comunidade. Por isso algumas “regras” devem ser respeitadas por aqueles que participam de tais comunidades.

Como:

• Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, e podem fazer muitos sons com a garganta, ao rir, e mesmo ao gestualizar. Além disso, sua comunicação envolve todo o seu espaço, através da expressão facial-corporal, ou seja o uso da face, mãos, e braços, visto que, a forma de expressão visual-espacial é sobretudo importante em sua língua natural.

• Falar de maneira clara, pronunciando bem as palavras, sem exageros, usando a velocidade normal, a não ser que ela peça para falar mais devagar.

• Usar um tom normal de voz, a não ser que peçam para falar mais alto. Gritar nunca adianta.

• Falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela.

• Fazer com que a boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

• Quando falar com uma pessoa surda, tentar ficar num lugar iluminado. Evitar ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta a visão do rosto.

• Se souber alguma língua de sinais, tentar usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, as tentativas são apreciadas e estimuladas.

• Ser expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz, que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos ou sinais e o movimento do corpo são excelentes indicações do que se quer dizer.

• A conversar, manter sempre contato visual, se desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

• Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se houver dificuldade em compreender o que ela diz, pedir para que repita. Geralmente, os surdos não se incomodam de repetir quantas vezes for preciso para que sejam entendidas.

• Se for necessário, comunicar-se através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.

• Quando o surdo estiver acompanhado de um intérprete, dirigir-se a ele, não ao intérprete.

• Alguns preferem a comunicação escrita, alguns usam linguagem em código e outros preferem códigos próprios. Estes métodos podem ser lentos, requerem paciência e concentração”

Indiferente de qual for a comunidade o fundamental é o processo de interação e a busca pelo entendimento, entre seus membros.

Mais do que nunca notamos um distanciamento das esferas do governo, quando se refere a educação, quando se fala em educação inclusiva... é pior ainda, por isso devemos desenvolver e explorar toda e quaquer possibilidade de difusão cultural, artistica, educacional, indiferente de sua serne...
pois somente e tão somente unidos poderemos superar o descaso governamental...

Att...
Carlos Sarmento...!

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