terça-feira, julho 13, 2010

CULTURA SURDA..! PARTE II..!

Com intuito da difusão da cultura das comunidades surdas, segue a 2٥ parte que trata, justamente sobre o processo cultural das comunidades surads do Brasil...


CULTURA SURDA

Ha linguagen de sinais no Brasil conhecida com LIBRAS, ou em Portugal, conhecida como LGP, é um dos principais mecanismo de difusão e afirmação da cultura surda

E aqueles interpretes que interpretam essa linguagem e a difundem interligando o “meio” oralizado e ouvinte, são chamados de Intérpretes de LIBRAS.

No Brasil, existem pelo menos duas situações em que a lei confere ao surdo o direito a intérprete de LIBRAS:

• nos depoimentos e julgamentos de surdos (área penal);

• e no processo de inclusão de educando os surdos nas classes de ensino regular (área educacional).

Hoje o processo educacional busca intencificar um sistema bilingue-bicultural no sentido de que convive diariamente com duas línguas e culturas: sua língua materna de sinais(cultura surda) e língua oral( cultura ouvinte), ou de LIBRAS

O processo de difusão da cultura surda através da difusão se utilizando de LIBRAS, como língua “materna”, serve como viés de aproximação social, cognitivo e até emociona, podendo ser um caminho para que posterior de aprenda o português “escrito”.

Além do que a aprendizagem de LIBRAS, facilita em muito um processo de introdução e evolução da cultura surda na sociedade, caracterizando e criando sua identidade cultural própria, tanto no que se refere ao indivíduo, como em um grupo de pessoas.

A língua de Sinais, serve também como mecanismo de transmição de contos, historias, poesias, peças teatrais, piadas, entre outros.


Deste modo, a literatura de sinais é (num certo sentido) uma tradição “oral” e apenas pode ser registrada em filmes ou vídeos ou ser “traduzida” para a escrita.

Hoje a mais importante para a difusão da cultura surda, são as escolas capacitadas para esse aprendizado e as associações e clubes de surdos.

Além de centros religiosos, indiferente da religião. Preparados e pré dispostos a difusão cultural e difusão cultural surda.

Existe um processo de destaque, principalmente na Europa e EUA, voltado para o processo da difusão cultural surda, no meio esportivo, com realização de eventos, não somente para surdos, mas também para ouvintes, mas com mecanismos próprios, nas atividade esportiva, como por exemplo a troca do apito do juiz, por algum tipo de sinal luminoso, ou gestual.

Noventa por cento das pessoas surdas nascem em famílias ouvintes e noventa por cento dos casais surdos têm filhos ouvintes. Isto faz realçar o papel vital desempenhado pelas escolas para crianças surdas na transmissão da língua e da cultura dos surdos e a razão pela qual o encerramento das Instituições especializadas causa tanta preocupação à comunidade surda.

[...] As identidades surdas são construídas dentro das representações possíveis da cultura surda, elas moldam-se de acordo com maior ou menor receptividade cultural assumida pelo sujeito. E dentro dessa receptividade cultural, também surge aquela luta política ou consciência opsiocional pela qual o individuo representa a si mesmo, se defende da homogeneização, dos aspectos que o tornam corpo menos habitável, da sensação de invalidez, de inclusão entre os deficientes, de menos valia social.

(PERLIN, 2004, p. 77-78)


A FITA AZUL

A utilização da fita azul torno-se parte do cotidiano da cultura surda desde 1999 ano esse que foi realizado Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos em Brisbane Austrália . Durante o evento foi feita a sensibilização da luta dos Surdos e suas famílias ouvintes, através dos tempos.

A cor azul foi escolhida para representar "O Orgulho Surdo", para homenagear todos os que morreram depois de serem classificados como "surdo" durante o reinado da Alemanha nazista.

A cor azul e suas fitas, tornou-se uma marca representante culturalmente pois representa um motivo: ela engloba uma história, uma cultura, uma língua, um povo. Se torna um marco sobre a opreção e mortes de pessoas surdas ao longo da história humana Ao recordarmos a opressão dos Surdos no passado e hoje,facilita o entendimento de que a pessoa surda pode fazer qualquer coisa, em qualquer circunstância. Menos ouvir.

Aqueles que usam a fita azul têm orgulho em mostrar um pouco de sua própria cultura: Surdez não é uma deficiência, mas uma cultura.

Na 3º e ultima parte falaremos sobre as Comunidades Surdas...
Att...
Carlos Sarmento..!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Só serão aceitas mensagens ... com fundamento crítico e não ofensivas ...